Apesar dos avanços do saneamento básico em todo o país, muitas regiões ainda não possuem sistemas de coleta adequados para conduzir o esgoto para tratamento. Nestes casos, o uso de outras formas de transporte se faz necessário para garantir que os resíduos cheguem ao seu destino com segurança.
Através da utilização de caminhões, é possível evitar que os efluentes sejam despejados em rios e córregos sem tratamento, prática altamente danosa para o meio ambiente e para a saúde pública, além de ser considerada crime ambiental.
Na hora de transportar os efluentes, ter muito cuidado é imprescindível: esses materiais podem conter altas concentrações de poluentes como óleo, graxa, metais pesados, compostos orgânicos voláteis e até amônia.
Para realizar um transporte adequado dos resíduos líquidos e pastosos, algumas etapas devem ser cumpridas.
Confira quais são os procedimentos necessários para conduzir estes efluentes para o tratamento!
1. Contratação de empresas para coleta e destinação final
O primeiro passo a ser feito é a busca por empresas que realizam a coleta, o transporte e o tratamento dos efluentes. Antes de contratar, procure saber se as empresas estão em situação regular e se possuem licenças na CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), entre outros.
2. Autorização para envio e tratamento
Para determinados tipos de efluentes, o orgão ambiental responsável exige que haja a autorização prévia para o encaminhamento a locais de reprocessamento, armazenamento, tratamento ou disposição final. No estado de São Paulo, o orgão responsável é a CETESB e o documento de autorização é chamado de CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental).
Com o CADRI em mãos, é hora de coletar corretamente os efluentes, armazená-los em veículos adequados para transporte e levá-los para seu destino final, que deverá ser a estação de tratamento ou o local indicado pelo certificado de movimentação.
3. Coleta adequada dos resíduos
Nesta etapa, é feita a remoção do material presente no esgoto, nas fossas, nas caixas de gordura, nos poços de inspeção ou de captação e ainda em outros recipientes. Entre os diversos métodos disponíveis para esta prática de coleta, o mais indicado é a utilização de uma bomba de alto vácuo. O dispositivo capta os resíduos de forma selada, impedindo assim sua exposição à atmosfera.
4. Veículos preparados para o transporte
Os caminhões que receberão todo este material coletado também devem estar preparados. Veículos equipados com compressor de anel líquido, por exemplo, conseguem realizar este serviço em locais de difícil acesso, mesmo os mais distantes e profundos. A capacidade do caminhão também deve ser coerente com a quantidade de efluentes a ser transportada, já que esta adequação aumenta a segurança do transporte e otimiza os custos da operação. No mercado, existem diversos tipos de caminhões tanques capazes de carregar entre 2 e 45 m³. Muitos destes veículos também possuem sistema de hidrojateamento, o que permite a realização de uma auto-limpeza. Com a funcionalidade, o transporte se torna ainda mais prático e mais seguro.
5. Separação dos efluentes: evitando a mistura de resíduos distintos
Especialistas orientam: efluentes distintos não devem ser misturados no mesmo coletor. Como cada resíduo possui características específicas, com diferentes concentrações de carga orgânica, a separação prévia pode evitar influências indesejadas na avaliação da carga, além de consequentes impactos no processo de tratamento.
O transporte de efluentes para o tratamento deve ser realizado com precaução, de forma responsável e de acordo com a legislação. Para isso, esteja atento aos cuidados acima e seja criterioso ao escolher empresas idôneas: um procedimento sério exige um serviço executado com o mesmo rigor!
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