Jundiaí é uma das seis cidades do Brasil que tratam 100% dos efluentes da cidade, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (SNIS), publicado regularmente pelo Ministério das Cidades. A cidade tem cerca de 370 mil habitantes e a capacidade da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), operada pela Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ), nossa parceira, permite tratar uma carga equivalente a uma população de 1 milhão de habitantes em termos de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio de 5 dias), chegando a 60 toneladas de DBO/dia.
Isso possibilita que efluentes provenientes de fossas sépticas, caixas de gordura, esgotos sanitários e chorume classe II de outros municípios sejam trazidos via caminhão tanque para Jundiaí e passem pelo tratamento biológico antes de seguirem para o Rio Jundiaí. Dessa forma, atualmente atendemos mais de 15 prefeituras que decidiram tratar os efluentes gerados em seus municípios na CSJ.
Apesar de ainda não contarem com estação própria para o tratamento de efluentes coletados pela rede de esgoto, estas cidades estão agindo em prol do meio ambiente. Segundo informações do livro “Introdução à Engenharia Ambiental”, organizado por Benedito Braga, “a diluição de despejos de origem humana, industrial e agrícola pode degradar a qualidade das águas, afetando outros usos como o abastecimento humano, industrial, a irrigação, a preservação do meio ambiente e a recreação”. Outras informações sobre a poluição que o esgoto não tratado pode causar na natureza estão no artigo "5 Problemas que podem ocorrer quando não há o tratamento de resíduos líquidos".
As prefeituras que enviam seus dejetos para a ETE operada pela CSJ também agem em prol da saúde de sua população. O último mapa do saneamento básico nos 100 municípios mais populosos do território nacional, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, mostra, por exemplo, que as dez cidades brasileiras pior posicionadas no ranking registraram 546% mais casos de internações por diarreia do que as 20 melhores colocadas. A morte de crianças também foi maior: 49% entre recém-nascidos, 61% entre 1 e 4 anos de idade e 57% entre 5 e 9 anos.
“A prefeitura que não investe em água e esgoto gasta mais com atendimento de saúde e perde dinheiro em educação e turismo”, afirmou em entrevista o presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos. Saiba mais sobre as doenças causadas pela falta de tratamento de esgoto no artigo "Conheça as doenças causadas pelo não tratamento do esgoto".
Mas o saneamento básico não se restringe apenas à rede coletora de esgoto e a estação de tratamento. Para prevenir doenças, é preciso que as prefeituras invistam em abastecimento e tratamento de água, na coleta, remoção e destinação final dos resíduos sólidos, na drenagem de águas pluviais, no controle de insetos e roedores, além de controlar a poluição e a limpeza de locais públicos.
Imagem: http://cidade.jundiai.sp.gov.br