Pensar em maneiras de reutilizar a água é uma forma de controlar perdas e evitar desperdícios, além de minimizar o consumo de água no Brasil. A água pode ser poupada com o reuso de efluentes tratados seguido por parâmetros de qualidade estabelecidos pela legislação brasileira para diversos fins que não sejam o consumo humano. É por isso que o tratamento de esgoto tem um papel fundamental na gestão dos recursos hídricos. Apesar de parecer algo óbvio, o reuso de água tomou forma no Brasil com a Resolução 54, de 2005, que estabelece os critérios gerais para a prática de reuso de água não potável, segundo o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).
As modalidades de reuso definidas pela CNRH são:
I - reuso para fins urbanos: utilização de água de reuso para fins de irrigação paisagística, lavagem de logradouros públicos e veículos, desobstrução de tubulações, construção civil, edificações, combate a incêndio, dentro da área urbana;
II - reuso para fins agrícolas e florestais: aplicação de água de reuso para produção agrícola e cultivo de florestas plantadas;
III - reuso para fins ambientais: utilização de água de reuso para implantação de projetos de recuperação do meio ambiente;
IV - reuso para fins industriais: utilização de água de reuso em processos, atividades e operações industriais; e,
V - reuso na aquicultura: utilização de água de reuso para a criação de animais ou cultivo de vegetais aquáticos para fins urbanos, agrícolas, ambientais, industriais e na aquicultura.
Segundo reportagem do portal Terra, a aplicação desse conceito vem surtindo efeito. No sul do país, por exemplo, chegam a usar 30 mil litros por dia de água de reuso para irrigar uma área de 270 hectares. A maior parte da água captada na região é das bacias dos Sinos e do Gravataí, o que diminui a captação nos mananciais.
No Nordeste, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) aproveita 700 mil litros por dia de água de reuso na irrigação de uma plantação de capim, que é base de ração animal e também serve para a fabricação de lenha ecológica. Já no Rio de Janeiro está o maior projeto de reuso de água industrial do mundo, que vai fornecer 1.500 litros de água por segundo para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), uma parceria da Petrobras com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Em São Paulo, o Aquapolo, inaugurado em Novembro/2012, terá capacidade para produzir até 1.000 litros por segundo de água de reuso visando o abastecimento do Polo Petroquímico de Capuava, em Mauá (ABC).
Confira o vídeo institucional da Aquapolo: Vídeo Institucional Aquapolo
A Tera Ambiental oferece o tratamento biológico de efluentes industriais e tratamento de efluentes domésticos recebidos via caminhão na nossa planta de tratamento localizada em Jundiaí. Contribuindo assim com o reuso indireto da água que ocorre quando os efluentes, depois de tratados, são descarregados de forma planejada nos corpos de águas superficiais.