Ser um negócio lucrativo ou sustentável? A melhor resposta é: ser lucrativo para continuar sendo sustentável. Existem muitos equívocos em torno do conceito de sustentabilidade, mas o básico é que se entenda que, para que uma instituição consiga equilibrar os pilares social, ambiental e econômico, é preciso considerar uma rentabilidade a longo prazo, em uma busca bastante sensata por soluções que beneficiem também as futuras gerações. E, para isso, não existe uma fórmula mágica, mas, sim, bastante análise e um caminho construído passo a passo.
Já se foi o tempo em que promover uma ação ecológica isolada fazia bem para a imagem de uma empresa. O consumidor de hoje é muito mais exigente e quer ver a sustentabilidade no centro da estratégia do negócio. Atualmente, agir de maneira responsável em relação ao meio ambiente é uma obrigação legal, que garante, inclusive, licença para a empresa operar. O que as corporações precisam perceber é que, quanto mais autenticamente for praticada a sustentabilidade em sua gestão, maiores serão os resultados.
Mas como e por que traçar esse longo caminho? Pois é exatamente o que vamos ver agora:
Sustentabilidade lucrativa
Em um estudo intitulado The Impact of Corporate Sustainability on Organizational Processes and Performance — O Impacto da Sustentabilidade Corporativa nos Processos Organizacionais e de Desempenho, em tradução livre —, a Universidade de Harvard observou os resultados do desempenho de várias empresas ao longo de 18 anos, analisando índices de bolsas de valores juntamente com as políticas das organizações para verificar quais delas realmente possuíam uma cultura de sustentabilidade.
Depois de selecionadas apenas as que se enquadravam nesses critérios, foi o momento de elencar as companhias que mais se destacaram. Chegou-se, então, à seguinte conclusão: as empresas de alta sustentabilidade — que implantavam o maior número de políticas voltadas para esse fim — apresentaram desempenho muito melhor do que as outras. E por melhor desempenho entende-se melhores taxas de retorno, valorização do patrimônio, maior lucro e menor desvalorização em épocas de queda das bolsas.
Segundo os pesquisadores, esse resultado é vinculado ao perfil das empresas, que conseguiam engajar os públicos de interesse e atuavam com transparência, destinando investimentos para projetos de mais longo prazo, voltados para demandas socioambientais integradas a qualidade, segurança e sucesso financeiro.
Consciência sustentável
Várias empresas investem em ações tidas como ecologicamente corretas — providenciando o corte na emissão de carbono ou realizando programas esporádicos de reciclagem, por exemplo —, no entanto, para se ter uma cultura sustentável consolidada é preciso que a organização mantenha suas políticas por um longo período, além de incluir uma estratégia atenta às demandas e às expectativas de seu público, enquanto, paralelamente, aprimora seu desempenho corporativo, ambiental e social. Só assim é possível atingir uma gestão eficiente em todos os sentidos.
Mas atenção: de nada adianta manter a postura e não comunicá-la ao mercado, afinal, parte da consciência sustentável consiste em repassar exemplos por meio da demonstração de resultados, provando-se, assim, por A mais B, que o investimento vale a pena. É importantíssimo, portanto, aprender as melhores formas de divulgar esse saldo, mostrando para seus clientes, fornecedores, investidores e demais interessados que está no caminho certo.
A jornada não é curta, mas com certeza vale a pena. E então, vamos caminhar? Comente aqui e nos conte sobre sua própria jornada. Compartilhe suas experiências conosco!