Setor em expansão no Brasil, as microcervejarias estão inseridas em um mercado que vem ganhando crescente destaque. Como a grande maioria dos processos industriais, a produção da cerveja também gera efluentes e resíduos orgânicos sólidos que demandam adequado tratamento - neste ponto, as estações especializadas para destinação destes materiais se enquadram como opção interessante para os produtores artesanais, além de alternativa ambientalmente correta.
Tratar os efluentes da cervejaria é vital para a segurança e a manutenção de um ambiente limpo, e esta importância se evidencia ainda mais quando consideramos que os processos de fabricação da bebida utilizam a água como matéria-prima. A maior parte das indústrias de bebidas exigem algum grau de tratamento de seus resíduos, já que estes são descartados em rios, nas estações de tratamento municipais, para uso no campo ou mesmo nos próprios sistemas de tratamento destas empresas (aeróbios ou anaeróbios).
No entanto, a escolha por fazer o tratamento no próprio local de produção muitas vezes gera inúmeras dificuldades para o empresário, principalmente no caso do pequeno produtor ou produtor artesanal, que enfrenta obstáculos referentes a espaço físico e qualificação para tratamento dos efluentes. A terceirização dos serviços de transporte e tratamento, neste sentido, é uma solução eficiente que vai de encontro às necessidades destes microempreendedores: encaminhando o material residual para empresas especializadas, eles deixam de se preocupar com fatores como espaço para armazenamento, dificuldade para tratar os efluentes, contratação de mão de obra qualificada e efetivamente dedicada ao processo e também a questão de áreas frágeis para o lançamento destes materiais.
Destinação e tratamento adequados dos efluentes: um processo de várias etapas
A questão dos efluentes resultantes da fabricação da cerveja (assim como de qualquer outra atividade industrial, como já ressaltamos) abrange todo um processo de encaminhamento e atendimento à legislação que pode parecer um tanto complexo à primeira vista. Neste cenário, é fundamental que você, microempreendedor (e portanto responsável pela destinação dos resíduos que produz), se informe a respeito dos procedimentos necessários e todas as etapas inerentes a este processo. Acompanhe conosco alguns dados importantes sobre os passos a serem tomados:
1. Contratando o serviço: de olho na competência e nas licenças ambientais
Após a acertada decisão de encaminhar seus efluentes para tratamento, a primeira etapa é buscar empresas especializadas para realizar a coleta, o transporte e o referido tratamento dos seus efluentes. Neste momento, é fundamental investigar se estas organizações estão em situação regular e em dia com as licenças ambientais necessárias para os serviço: no seu check-list, inclua as devidas autorizações do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), dentre outros órgãos de fiscalização ambiental.
2. Obtenha a autorização necessária para a destinar e tratar seus efluentes
O envio e o tratamento de certos tipos de efluentes exigem uma autorização prévia do órgão ambiental responsável da sua região. No caso do estado de São Paulo, este órgão é a CETESB, e o documento emitido é o chamado CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental). Se sua microcervejaria se encontra na região metropolitana ou grande SP, você pode conferir, neste nosso artigo, qual é o novo procedimento para solicitar o certificado. Informe-se!
3. É hora da coleta adequada dos materiais
De posse do CADRI (ou do documento exigido pelo órgão ambiental responsável da sua região), o próximo passo é a coleta adequada dos seus efluentes e resíduos para o transporte rumo à estação de tratamento escolhida. Para a remoção dos materiais, existem inúmeros métodos disponíveis no mercado, mas vale ressaltar que o uso da bomba de auto vácuo é o mais indicado por facilitar o processo de transferência do efluente para o caminhão.
4. Efluentes em trânsito: atente-se para o transporte correto
Depois que os efluentes foram adequadamente coletados, este é o momento de armazená-los em veículos apropriados para seu transporte. Certifique-se de que os caminhões sejam equipados da forma correta para portar os materiais: a capacidade do veículo deve ser coerente com a quantidade de efluentes a serem transportados e todas as medidas de segurança estabelecidas para o processo devem ser consideradas.
5. Evite a mistura de efluentes distintos
O transporte de efluentes possui ainda outra ressalva importante: não se deve misturar efluentes distintos, uma vez que cada tipo de resíduo apresenta propriedades específicas. A separação adequada dos materiais evita que a carga sofra alterações indesejadas, o que pode prejudicar inclusive o processo de precificação e tratamento.
6. Destinação: o cuidado com o rastreamento
A partir do momento em que seus efluentes estiverem sendo transportados para o local final de tratamento, fica clara a importância de outro processo para garantir a segurança do material em trânsito: o rastreamento do destino dos descartes. Neste sentido, existem ferramentas eficientes de monitoramento no mercado que podem lhe auxiliar nesta missão, permitindo obter informações precisas sobre os efluentes destinados ao tratamento. Dê preferência à praticidade de sistemas de consulta online que gerem relatórios confiáveis sobre a situação dos materiais.
Vantagens da terceirização do tratamento de efluentes advindos da produção de cerveja
Excelente custo-benefício
Sim, arcar com a construção e a manutenção de um sistema próprio para tratar seus efluentes demanda uma grande despesa! Ao optar por transferir a responsabilidade do tratamento para empresas especializadas, no entanto, você elimina as preocupações com a eficiência do processo a um investimento que certamente vale a pena. Neste cenário, o cliente da Tera Ambiental deixa de ter a despesa com construção, operação e manutenção da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) e, consequentemente, não assume grande parte dos riscos operacionais, trabalhistas e ambientais com a terceirização do tratamento, deixando todo o trabalho na mãos de especialistas aptos a realizarem este tipo de trabalho.
Foco no segmento de atuação
É importante ter em mente, ainda, que ao terceirizar o tratamento você estará apto a focar na administração e na otimização do seu negócio. Empresas que destinam seus efluentes e/ou resíduos orgânicos para tratamento e compostagem direcionam sua atenção para o que realmente lhes interessa, ou seja, seu próprio negócio, já que o processo de recebimento, tratamento e monitoramento destes resíduos fica a cargo da Tera Ambiental.
Destino legal e ambientalmente correto
Optando pela destinação de seus efluentes e/ou resíduos orgânicos para a Tera, você se assegura de que está contratando uma empresa séria, idônea e que procura incessantemente o menor impacto ambiental, o que vai além do cumprimento de todas as normas da legislação, que acreditamos ser o mínimo a ser atendido em qualquer caso.
Se você já conta com uma estação própria de tratamento de efluentes aliada à sua microcervejaria, saiba que existe ainda outra alternativa para destinação do ldo gerado na ETE e dos resíduos sólidos orgânicos gerados no processo de fabricação da cerveja: a compostagem. Já ouviu falar na solução?
A compostagem é um processo natural de tratamento de resíduos orgânicos propiciada pela atividade dos micro-organismos aeróbios presentes nestes próprios materiais. Este tipo de solução ainda possibilita a reciclagem e o reaproveitamento do resíduo, já que o processo inclui a transformação das características do material em produtos úteis para outros segmentos de atuação, como fertilizantes. A opção de encaminhar seus resíduos para empresas competentes que realizam a compostagem traz inúmeros benefícios para o seu pequeno negócio e para o meio ambiente como um todo: isenta a sua microempresa da responsabilidade ambiental sobre o material; reduz significativamente os impactos negativos no meio; habilita o reaproveitamento de resíduos que, de outra forma, seriam simplesmente descartados e colabora com a saúde pública (impedindo a proliferação de diversas doenças ligadas ao descarte inadequado dos resíduos no ambiente), dentre outras vantagens.