O Brasil possui aproximadamente 33,5 mil empresas do setor alimentício, gerando em torno de 1,6 milhão de empregos diretos, segundo o IBGE. Elas somaram um faturamento de R$ 529,6 bilhões em 2014, tornando a indústria de alimentos a mais representativa do país em praticamente todos os aspectos; dentre estes, é fundamental ressaltar a enorme geração de resíduos e como tornar esse processo inevitável mais correto e sustentável.
A indústria e seus resíduos
Os principais resíduos gerados pela indústria de alimentos são os efluentes industriais (biológicos e químicos) e resíduos sólidos provenientes da produção dos alimentos. Cada um deles tem uma forma diferente de tratamento, é necessária atenção e cuidado profissional especializado, pois possuem substâncias altamente poluentes que podem prejudicar o Meio Ambiente. Abaixo, serão elencadas algumas dessas práticas e como cada uma delas torna o final do processo produtivo mais sustentável e eficiente.
Os efluentes biológicos, que são despejos líquidos resultantes dos processos produtivos, deverão ser tratados de acordo com a concentração de matéria orgânica que possuem. Os abatedouros, matadouros e frigoríficos são os maiores geradores do resíduo, eles são provenientes de lavagens de piso, caixas de transporte, sala de abate e das águas de cozimento de embutidos, por exemplo, e o não tratamento pode acarretar, além da proliferação de insetos, roedores e doenças, uma multa por realizarem um despejo incorreto dos resíduos não tratados no meio ambiente.
Os tratamentos mais utilizados para este tipo de resíduo são o processo aeróbio e anaeróbio, que utilizam agentes biológicos, como bactérias, algas e protozoários, para degradar a matéria orgânica dos efluentes.
O tratamento dos chamados efluentes industriais, inerentes aos processos industriais ou esgotos sanitários, ocorre nos sistemas onde a aeração é realizada por misturadores e, ao final do processo, o esgoto tratado retorna ao meio ambiente de acordo com os parâmetros estabelecidos pela legislação ambiental vigente.
Já os resíduos sólidos são tratados em um sistema natural chamado “compostagem”, em que a degradação estabiliza a matéria orgânica, gerando, ao final, um composto muito rico que é utilizado como fertilizante na agricultura. Nesse tipo de resíduo entram produtos alimentícios vencidos, restos de alimentos provenientes de processos industriais, matérias primas fora de especificação, entre outros.
De modo geral, os resíduos que podem ser tratados são:
Classificados como efluentes
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Água residuária proveniente do processo de lavagem de máquinas e equipamentos;
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Efluente pós tratamento físico químico;
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Efluentes líquidos industriais biodegradáveis em geral;
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Efluentes sanitários;
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Líquido proveniente de limpeza de caixa de gordura industrial e restaurante;
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Lodo líquido de ETE biológica.
Classificados como resíduos sólidos orgânicos
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Bagaços, cascas de frutas e legumes provenientes do processamento de alimentos;
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Lodo sólido de ETE biológicas, inclusive sanitários;
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Produtos alimentícios vencidos ou fora de especificação;
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Restos de alimentos provenientes de restaurantes, supermercados, ceasas, etc;
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Entre outros.
Terceirização
O órgão responsável pelo controle ambiental no Estado de São Paulo é a CETESB, instituição que exige, analisa e emite o licenciamento para a movimentação de resíduos entre geradores e destinação final, através de um documento chamado CADRI (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental).
Como as empresas frequentemente não possuem espaço ou não querem investir na própria estação de tratamento, é comum que elas terceirizem esse serviço, facilitando o processo e garantindo que estarão dentro das normas mais exigentes.
Se quiser saber mais, entre em contato com a Tera, possuímos um suporte técnico para a solicitação do CADRI sem custos, além dos serviços de recebimento de efluentes 24 horas por dia, 7 dias por semana, garantindo que sua empresa não fique descoberta em momento algum.
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