É fato que o Brasil é um dos países que mais possuem animais abrigados, afinal, os dados mais recentes da Abinpet apontam que há em terras brasileiras mais de 67 milhões de cães, 31 milhões de gatos, 22 milhões de peixes ornamentais e 41 milhões de aves canoras e silvestres.
Justamente para suprir a alimentação de todas essas espécies, a indústria de ração animal desponta no mercado, assumindo uma posição de destaque na economia e, claro, na nutrição alimentar. Considerando os últimos dados do setor pet de modo geral, a sessão de pet food registrou um crescimento de 18,3%, além de representar 80% de todo o faturamento da categoria, ficando passos largos à frente dos ganhos em pet vet (40%) e pet care (6%).
Números como esses representam a face positiva do setor, mas por outro lado, as empresas que atuam no segmento também devem se atentar à destinação dos resíduos que advém de uma larga produção.
De efluentes e águas residuais a demais materiais sólidos, as indústrias de ração animal geram uma variada gama de dejetos que devem seguir um processo rígido de tratamento, evitando consequências negativas operacionais, ambientais e de imagem para essas companhias.
A geração de resíduos nas indústrias de ração animal
As fontes proteicas e nutricionais que compõem as rações são matérias-primas diversas, que podem incluir claras de ovos, colostro em pó, caseína, carnes (bovina, avícolas, etc), farinhas, leites e outros produtos que são manuseados durante a produção para assegurar que o produto final atinja os parâmetros ideais.
Essa variação nos insumos utilizados também faz com que o setor gere tipos de resíduos específicos e, na realidade das indústrias que atuam nessa frente, é muito comum encontrarmos:
- resíduos de Ingredientes, como sobras de grãos, farinhas de carne, farinhas de peixe, entre outros;
- partículas, que surgem como subprodutos durante o processo de moagem e mistura;
- bagaço e cascas, como resíduos fibrosos resultantes do processamento de certos ingredientes, especialmente das cascas de grãos;
- efluentes e águas residuais, advindos das atividades de limpeza de equipamentos e instalações, que geram um líquido composto por resíduos de ingredientes e até mesmo produtos químicos de limpeza.
O fato é que, independentemente do tipo, todos esses resíduos industriais precisam de uma gestão adequada, de modo a seguir exatamente o que determina a legislação. Nesse cenário, a Instrução Normativa nº 04, de 23 de fevereiro de 2007, acaba sendo uma das principais referências na definição dos procedimentos básicos de higiene e de boas práticas para alimentos fabricados e industrializados para o consumo dos animais.
Dentre todas as suas diretrizes, a IN nº 04 estabelece que “o local destinado para lixo e resíduos não aproveitáveis deve ser isolado da área de produção, de fácil acesso, devidamente identificado, construído de modo a impedir o ingresso de pragas e evitar a contaminação de matérias-primas e produtos acabados.”
Além disso, a norma obriga às empresas do segmento a elaboração dos chamados POPs - Procedimentos Operacionais Padrões - por categorias, tendo entre elas, o controle de resíduos e efluentes. Um POP precisa descrever os materiais e os equipamentos necessários para a realização das operações, a metodologia, a frequência, o monitoramento, a verificação, as ações corretivas e o registro, bem como os responsáveis pelas execuções e destinação dos resíduos.
Como construir uma gestão adequada para efluentes advindos do setor?
Com tantas exigências, como a indústria de ração animal pode, então, adequar-se à lei, e construir uma gestão equivalente? A resposta está em contar com um parceiro especializado no tratamento e destinação de resíduos líquidos e sólidos.
Para os efluentes, o tratamento offsite entra como uma medida efetiva para remover a carga poluidora dos líquidos residuais. Neste caso, o efluente é recebido via caminhão e seu tratamento ocorre pelo processo "biológico aeróbio", em que a principal peça do sistema são as lagoas de aeração com difusores de membrana. Trata-se de um sistema robusto que não emite aerossóis, como ocorre onde a aeração é feita por grandes misturadores.
Já para os resíduos sólidos, a compostagem é hoje uma das alternativas ambientalmente mais seguras, sustentáveis e que atende à legislação vigente, além de diminuir a pressão sobre os aterros sanitários, visto que o princípio da solução é a transformação das características dos resíduos em um fertilizante orgânico composto ideal para a agricultura e o paisagismo.
Com o apoio de um especialista nessas duas frentes, certamente as indústrias de ração animal sentirão diversos benefícios, como:
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Gestão simplificada:
ao terceirizar o tratamento dos efluentes industriais e resíduos sólidos, a empresa consegue direcionar sua atenção à atividade principal. Ou seja, ela deixa de se preocupar com questões que envolvem os dejetos, e passa a realizar uma gestão mais simplificada dos seus processos, concentrando-se apenas na fabricação e comercialização das rações.
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Economia com os custos de uma Estação de Tratamento:
a terceirização desobriga a indústria a construir uma estação in loco para tratar seus resíduos, promovendo uma economia não só com a construção, como também com a mão de obra, que seria envolvida para operar esse ativo. Uma vez contratado o serviço de tratamento de resíduos offsite, o parceiro já dispõe de uma ETE e de uma equipe especializada no assunto, agregando agilidade, segurança e eficiência no cumprimento de todos os requisitos operacionais.
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Atendimento à legislação:
a terceirização também prevê o suporte burocrático. A empresa contratada pode oferecer apoio na emissão de todos os documentos obrigatórios de destinação de resíduos junto aos órgãos ambientais, incluindo o CADRI e o CDR (o certificado de destinação de resíduos).
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Monitoramento contínuo:
aderir à terceirização possibilita também às indústrias de ração animal desfrutar da tranquilidade do monitoramento ininterrupto. Isso significa ter uma equipe especializada cuidando de todo o processo de tratamento, desde o recebimento até a destinação final.
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Garantia na qualidade no tratamento de efluentes e compostagem de resíduos:
somente uma empresa especializada pode oferecer profissionais capacitados e processos operacionais e administrativos suficientemente maduros. Ter um parceiro para cuidar dos resíduos é garantir qualidade e eficiência nas etapas, de modo a evitar que a companhia receba qualquer autuação pela geração de passivos ambientais.
Tera Ambiental: promovendo economia circular através da reciclagem de resíduos
Com experiência adquirida há mais de 20 anos, a Tera Ambiental é referência quando o assunto é tratamento de efluentes e compostagem industrial, ajudando empresas que atuam no setor de pet food a se destacarem no mercado e alcançarem suas metas ambientais, por meio de soluções sustentáveis e eficientes.
Recebemos resíduos líquidos e sólidos orgânicos para tratamento através de lagoas de aeração em uma das maiores e bem operadas estações de tratamento de esgotos do Brasil, além de destinar todo o lodo gerado no processo para nossa compostagem termofílica, que ocorre em uma área coberta de mais de 30.000 m².
Com uma visão ampliada, também enxergamos negócios sob a ótica de ecossistema. Assim, buscamos desenvolver serviços integrados e capazes de gerar valor não apenas para nossos clientes, mas também para seus consumidores finais, à sociedade e ao meio ambiente.
É isso que nos move e inspira todos os dias a manter um papel de protagonismo em nosso setor. Portanto, se você também deseja construir uma gestão ambiental efetiva e alcançar uma posição de destaque no mercado, entre em contato com um de nossos especialistas e conheça nossas alternativas.