Impulsionada pela conscientização ambiental e pela necessidade de atender às regulamentações cada vez mais rigorosas, a destinação de efluentes tem sido uma preocupação crescente no cenário empresarial, já que a adoção de processos inadequados acarretam graves consequências e impactos negativos, como multas, sanções, processos judiciais e perda de licenças, além do aumento nos custos operacionais e a mancha da imagem da empresa diante o mercado.
No entanto, mais do que adotar meios adequados para tratamento, as companhias também precisam acompanhar o desempenho das suas ações e, nesse contexto, os indicadores de gestão de resíduos exercem um papel fundamental, fornecendo informações valiosas para medir a eficiência de todas as fases - desde o armazenamento até a destinação final.
Porém, ao montar um programa de gerenciamento, os negócios também precisam se atentar aos critérios a serem monitorados, de modo a permitir que a empresa identifique desvios e ajam rapidamente para corrigir ou até mesmo antecipar problemas que podem surgir durante o caminho.
Como escolher os critérios a serem incluídos nos indicadores de gestão de resíduos?
Na administração de resíduos, os parâmetros evidenciam a habilidade da empresa para avaliar o rendimento de sua gestão, o que oferece uma perspectiva ampla sobre a condição da produção e controle de efluentes.
Esses indicativos são empregados para orientar a escolha das soluções mais vantajosas e abordagens mais aptas para cada categoria de resíduo produzido - e mediante o uso desses elementos, os recursos financeiros são alocados de maneira ecologicamente equilibrada.
Entretanto, escolher os indicadores requer uma abordagem criteriosa que deve ser, principalmente, baseada em dados sólidos. Por isso, listamos algumas diretrizes importantes para orientar esse processo:
1. Base científica para resultados mensuráveis: uma base científica é essencial para que os resultados sejam mensuráveis e confiáveis. Isso implica na definição de critérios claros e na utilização de metodologias adequadas para a coleta e análise das informações. Por exemplo: um indicador de eficiência no tratamento de efluentes industriais pode ser medido por meio da redução percentual de determinados poluentes após o tratamento.
2. Modelo adequado de indicador para o objetivo: existem diferentes modelos de indicadores, e é essencial escolher o mais adequado para o objetivo a ser alcançado. Os mais comuns são:
- Indicadores de performance, que avaliam o quão bem a empresa está gerenciando seus resíduos em termos de metas e objetivos estabelecidos.
- Indicadores de eficiência, que medem a relação entre os recursos empregados e a quantidade de resíduos produzidos, destacando a eficácia das práticas de gestão.
- Indicadores de conformidade, que verificam se a empresa está aderindo às regulamentações e normas ambientais no que diz respeito à geração e manejo.
- Indicadores de impacto, que examinam os efeitos ambientais, sociais e econômicos resultantes das atividades de geração de resíduos da empresa.
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3. Tema prioritário de monitoramento: um outro quesito importante é definir o tema prioritário ao qual se deseja monitorar. Isso auxiliará na identificação dos aspectos mais críticos da gestão de resíduos e permitirá um foco adequado para os indicadores. Por exemplo, se a empresa identificar que a redução da geração de resíduos é uma prioridade estratégica, pode estabelecer parâmetros para medir essa diminuição ao longo do tempo.
4. Fontes de informação para a coleta de dados: para mensuração dos dados necessários para os indicadores, a empresa deve identificar as fontes de informação. Isso pode incluir registros internos, relatórios de monitoramento, medições em campo ou dados obtidos por parceiros que estão envolvidos no processo.
5. Periodicidade adequada para análise de dados: a escolha da periodicidade também é crucial para o acompanhamento eficiente dos resultados. Alguns indicadores podem ser medidos mensalmente, enquanto outros podem ser monitorados trimestralmente ou anualmente, dependendo da natureza do processo ou do objetivo estabelecido.
6. KPI 's para monitoramento: parâmetros complexos ou que exigem recursos onerosos para a coleta de dados acabarão tornando a gestão inviável. Por isso, escolher indicadores que possam ser monitorados de forma prática é fundamental - isso permitirá um monitoramento contínuo e efetivo, de modo a permitir que a própria empresa tome decisões ágeis com base em suas análises.
Por que é tão importante estabelecer indicadores no gerenciamento ambiental?
Com base nas abordagens até aqui, conseguimos perceber que os indicadores de gestão de resíduos possuem um papel crucial na avaliação do desempenho dos processos de tratamento de efluentes e resíduos sólidos.
No entanto, essa prática ainda agrega em outras áreas, trazendo uma série de benefícios para as empresas, como:
- Reconhecimento de metas e objetivos: os indicadores permitem que as organizações avaliem o progresso em relação às metas e objetivos estabelecidos para a gestão de resíduos. Ao comparar os resultados obtidos com as metas traçadas, é possível identificar se as condições e finalidades do gerenciamento estão sendo atingidas conforme o planejado.
- Identificação de ações corretivas: quando os parâmetros apontam desvios em relação às metas, isso pode sinalizar a necessidade de ações corretivas na estratégia da gestão. Desta forma, identificar problemas ou áreas que demandam melhorias permite que sejam implementadas medidas corretivas de forma ágil e eficaz.
- Aprimoramento da tomada de decisão: tendo informações concretas e baseadas em dados, os gestores também podem tomar decisões mais informadas e embasadas, visando a otimização dos recursos e a maximização dos resultados combinados a redução de impactos ambientais.
- Antecipar situações de risco: por fim, ao acompanhar regularmente os indicadores de gestão de resíduos, uma empresa também se torna capaz de antecipar situações de risco e agir preventivamente para evitar problemas mais graves que trarão prejuízos financeiros, operacionais e de imagem.
De modo geral, um programa de monitoramento bem implementado fornecerá um panorama do sistema de gestão implantado dentro da empresa, permitindo que elas avaliem se as práticas adotadas têm atendido aos padrões de sustentabilidade e trabalhem em paralelo para obter melhorias contínuas em seus processos.
O papel de um parceiro especializado para facilitar a gestão de resíduos
Empresas que destinam seus resíduos para tratamento em estações de parceiros especializados também devem considerar a qualidade e os diferenciais que ele oferece, já que esses quesitos poderão tornar a mensuração de indicadores mais simplificada, além de permitir que a companhia alcance metas ambientais e de sustentabilidade sem complicações.
Pioneira, a Tera Ambiental tem mais de 20 anos de experiência com o propósito de promover a Economia Circular por meio da valorização e transformação de resíduos. Fazemos parte de uma cadeia de valor em que todos elementos estão interligados sob a ótica de ecossistema. Assim, fornecemos soluções e criamos parcerias que possam minimizar o impacto ambiental das atividades industriais e urbanas, praticando um ciclo sustentável de reaproveitamento e valorização de resíduos, antes indesejados, com a transformação em insumos de qualidade para a agricultura e uso urbano.
Contamos ainda com o SISREM, uma plataforma digital de gerenciamento do tratamento de efluentes e resíduos, altamente segura e confiável, que relaciona todas as cargas de efluentes e resíduos sólidos orgânicos recebidos pela Tera Ambiental. É por meio dela que nossos clientes tem a garantia e segurança de que todo o processo de envio é efetivo, além de ser uma forma eficaz de rastreabilidade, a partir de consultas livres e obtenção de relatórios de descartes, inclusive a comprovação via CDF - Certificado de Destinação de Final.
Entre em contato e conheça mais de perto nossas alternativas para destinação de efluentes!
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